Bêbados em bares e parques, miseráveis e infelizes, velhos jornais dobrados nos bolsos, moças muito brancas a um passo da morte ou um passo atrás do prazer, tipos tristes, solitários, amores escondidos, ruas vazias, chuva fina. Gordos ou magros demais, sujos e doentes, angustiados, perdidos ou querendo se perder. Assim são os personagens de Dalton Trevisan, curitibano de 76 anos que é um dos mais importantes escritores brasileiros vivos, um mestre do conto curto, seco, cortante como o vento frio de Curitiba, cenário de seus personagens. É por suas ruas que andam, ou se arrastam, os elefantes do mercado de peixe, Dinorá, a moça do prazer, a gorda Carlota e sua filha Lili, Dorinha fraca do coração.Personagens comuns, em histórias onde não há grandes tragédias nem sujeitos excepcionais, como diz Fausto Cunha na apresentação deste Cemitério dos Elefantes, e que recomenda ao leitor: “Não se preocupe com as histórias. Se elas não terminarem, é porque os personagens regressaram à sua vida...
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